Lobotomia social

Fugimos pela janela codinome amor

subimos ao telhado que parece desespero,

o céu gotejava esperanças, acima das nuvens

o infinito era abismo, que mais parecia espelho.

Os lobotomizados perseguiam nós dois,

sociedade covarde repetindo coros inteiros

Buscando se convencer que viver cabe em conceito,

desprezando simplicidade e emoção,

comoção ante ao abismo espelho.

Não, linda, não olha pra baixo,

seguro teu braço, com unhas de espírito,

com olhos-perigo de humano imperfeito.

A insegurança é consequência semântica .

Não pensa monetariamente a vida,

a consciência tem gosto de partida.

Momentaneamente fechamos a ferida.

Pensa q'nem eles não, costura teu cérebro

em tuas próprias mãos, de pelúcias de infância

e linhas de afeto.

Wan Carlos Firmino
Enviado por Wan Carlos Firmino em 11/12/2018
Reeditado em 11/12/2018
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