Será que amor é o suficiente?

Essa semana me peguei sozinho em uma mesa de bar, debruçado sobre meu copo de chopp e completamente submerso em meus próprios pensamentos.

A pergunta era simples. A resposta não.

Primeiramente, vamos ser sinceros sobre como é viciante amar. Como é viciante aquela sensação química no seu corpo capaz de alterar toda a sua forma de pensar. Aquilo que muda sua respiração, muda sua atenção grotescamente, faz daquilo mais importante que qualquer coisa! Por amor você é capaz de arriscar tudo!

Mas aí nós vamos para a página dois. Na página dois, nós temos nosso próprio conceito de errado e certo, de respeito de desrespeito, de desejável e indesejável. Coerente ou incoerente, ele nem sempre é compatível. Por exemplo, você votou no político “A” e para você o político “B” é inconcebível que alguém vote nele. E para a pessoa votando no político “B”, é a mesma coisa com relação ao político “A”. Qual dos dois está certo ou errado, é muito subjetivo.

Mas nem tudo é tão simples assim para você comparar com diferenças políticas. Algumas coisas, as suas morais consideram falha de caráter. Então na sua cabeça, você está realmente sendo “traído” por determinada atitude totalmente inocente para o outro lado.

E então você percebe, que o sentimento do amor não é suficiente para sobreviver. Que outros pilares podem até fazer um casal sobreviver sem o forte sentimento do amor. É aí que você descobre o quanto o respeito mútuo importa, o quanto o alinhamento de mesmos conceitos importam, o quanto cada um querer ver o parceiro bem importa. E a diferença do que é normal ceder e do que é uma barreira que você não pode permitir.

O respeito na relação é necessário, mas acima disso, o respeito por você mesmo também. Se algum terceiro desrespeita você, por exemplo, e seu parceiro ou parceira não toma partido em seu favor, cabe a você entender ou não aceitar ser desrespeitado por alguém que se tornou cúmplice deste terceiro agente.

Imagine você vivendo com essa pessoa, que irá repetir a mesma atitude sempre, simplesmente pelo conceito dela ser diferente do seu do que é respeito ou moral. É válido por causa do amor?

A resposta fica por sua conta.

Marcello Morettoni
Enviado por Marcello Morettoni em 13/12/2018
Reeditado em 13/12/2018
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