Além do véu

Nos vales póstumos do esquecimento em que branca a terra foi, Assomando meus dias em instáveis momentos de solidão, me quedei espantado e percebi que não estava só nesses mundos ignotos nos meus dias de solidão.

Sim, nunca estive solitário sim, sózinho nunca, pois minha fértil imaginação me acompanhou todos os dias no agora emergente, sem passado, apenas presente, e nada de perspectivas futuras.

Esse assombro me elevou aos altos pícaros de meus anelos. Sim, nunca estive só porque esses momentos foram extasiantes, onde pude mergulhar pra dentro de mim em que a viagem fantástica me fez perceber que nada perdi.

Foram essas escolhas que me fizeram chegar onde cheguei. Não poderia ser quem sou, nem reflexivo da forma como adotei esse estilo de vida. Sem se aperceber o quanto isso foi importante.

Me postei assombrado pelas extraordinárias viagens que fiz pra dento do meu eu integrado.

Agora me resta compartilhar, e não desejar que ninguém que não deseje ver o além faça esse tipo de viagem pois você se distancia daquilo que pensa ser realidade, mas não é , pois pode ser desastrosa tal percepção para quem pensa que é, pois te faz sair de sua zona de conforto, demolir conceitos, uma verdadeira demolição mental.

Isso é para iniciados. Isso demanda reconstrução de novos paradigmas, adentrar ao lugar santo, em que a cortina do grosso véu é rasgada de alta abaixo e o escondido divino te é revelado.

Há um alto preço a ser pago ao adentrar nessas divagações. A sofrência te faz olhar o inevitável com calma e tolerância, mas, nunca jamais vai ser compreendido, porque o periférico é a única realidade daqueles que te observam.

E finalmente percebe que após transpor o véu que: felizes são os pobres... Felizes os famintos... Felizes os injustiçados... Felizes os enlutados... Felizes os mansos... Felizes os misericordiosos... Felizes os puros... Felizes os perseguidos, os caluniados, os difamados... E você diz ao homem da galileia. Entendi sua mensagem.