A viagem

Chego,

Me visto de corpo

De carne, de chão

- finito e deteriorável

Construído de desejos carnais

e efemeridades

Vejo,

Domestico e domino minha carne

Alimento minh’alma

- real e infinita

Construída de idéias pensamentos, dúvidas e buscas

Me espiritualizo.

Recolho experiências em vida

e as guardo na memória impalpável de meu Ser.

Saio,

Liberto minha essência

Tiro as vestes da ilusão

Rumo ao desconhecido,

Me recordo de quem Sou.

Viajo,

Dentro da história do universo

Descubro,

O que em vida foi calado, escondido

Oculto, guardado. Puro misticismo.

Chego,

Alcanço o infinito.

‘’será que eu volto?’