1999

Certa vez, alguém muito atencioso elogiou minha escolha de palavras, enquanto eu falava sobre as belezas particulares do mundo à nossa volta.

Tão focada em observar o externo, esqueci do mais importante: o que mora em cada um de nós.

Somos, em cada um, um universo: sentimentos, receios, planos, gostos, e tudo que há de bom (às vezes, nem tanto). Esse emaranhado de características forma quem somos; forma aquilo que escolhemos permitir ou não ser apreciado por outros. São as estrelas de nosso universo particular.

Seguindo essa linha, preciso levantar um ponto intrigante: Por que nos sobram bons olhares para o mundo e, para o próprio interior, restam os mais exigentes? Você admira alguém, e é admirado por alguém, que também é por algum outro. É adorável ser adorado, eu sei. Mas é igualmente encantador conhecer e reconhecer suas próprias estrelas.

Não posso te dizer quais ou quantas são, porque você pode explorar a si mesmo e conhecê-las muito melhor do que esta que vos escreve.

De toda forma, saiba que elas brilham. Brilham muito. Brilham intensamente.

Continue brilhando, espalhe sua luz por aí.

Meu Universo te agradece por iluminar-me com o seu.