Intrusa e invasora.

Confessa-me quais os teus segredos de intrusa e invasora.

Aquela que chega sem pedir licença, que me toma, mesmo sem cuidar do que ainda te pertence, pois nunca deixou de ser teu.

Como posso hoje em dia ainda te ter tão presente e tão forte em mim, feito ar, feito sangue quem se faz obrigado a circular em minhas veias para que assim possa continuar vivendo, encarando friamente o fato de não te ter.

Ter-te em meus braços, em meu colo, um descanso para minhas mãos que teimam em tatear tuas curvas como estrada incerta e necessária de se percorrer.

Porque não optais por mim, pelo amor que sou forçado em esconder do mundo, de te, de mim mesmo para que não doa tanto quanto dói quando olho para meu lado e não estas.

Porque lapidas outras pedras que não eu, porque freaste nossa caminhada nas trilhas da vida se via em teus olhos o quanto me querias, se sabias que meu querer é teu e só teu.

Nem mesmo esse tempo louco contado em segundos para que a cada passo lembre-me de quem falo, de quem quero.

Para que me privar de tua voz, de teus braços, de teus lábios, de teu cheiro, de tua essência.

Tantos porquês e nem mesmo sei se um dia me ouvira dizer-te que te amo.

Não sei se um dia ainda...

Até outro amanhecer!

Tino Neto
Enviado por Tino Neto em 02/10/2007
Código do texto: T676875
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.