E... São Paulo
É incrível como um dia cinza
Me pinta e me borra
Hoje, estou sem cor
E minha alma chora.
Chora os tempos passados
Também, grita o silêncio
Que as manhãs revelam
Elevando meu delírio.
Deslizo nas encostas do infinito
Vou enaltecendo
Penso em coisas
Coisa nenhuma, estou morrendo.
Tenho um leve cariz de tarde fria
Sou brisa , sou fumaças
Embalado, em tosses em bocejos
Pombos e crianças.
Que sentido faz se ninguém percebe
Quando choro minhas lamúrias
Na multidão que me arremessa
E diminuí minha fé, nas pessoas.
Tento acordar
O trem lotado
Tão vazio és
Mesmo assim que sufoco
Acho que falo e falo
Nada com nada
Choro e choro
Como e cago.
E...São Paulo.