Humano

Uma pergunta ecoa em minha mente: o que nos faz crer que somos humanos? Qual é o diferencial nosso em relação aos demais habitantes do planeta Terra? Sinceramente, eu não sei responder a essa pergunta prontamente, porém tentarei me utilizar da técnica da verborragia para criar uma nefasta teoria que criará uma força mantenedora de sonhos e ideais em sua tão perturbada e atribulada concepção de mundo. Tentarei nitidamente induzir você a pensar que somos realmente humanos, que temos características excepcionais, que o nosso ponto de diferenciação está na nossa capacidade de criar. Meu convite é para embarcamos em uma viagem pelo universo das divagações introspectivas. Mergulhemos, pois, no mundo maravilhoso das veleidades filosóficas, visto que, quanto maior for essa introdução, maior será a quantidade de palavras de semanticidade hermética, ou seja, a extensão do texto é proporcional à utilização de palavras complicadas aparentemente sem sentido lógico.

Biologicamente, aquilo que nos torna humano é o fato de possuirmos a capacidade de raciocinar. Pergunto, então: Por que vários indivíduos, munidos desse dom, não conseguem pensar e agir racionalmente? Ao contrário do que a maioria teoriza, o pensar não é o nosso diferencial, pois há determinados cidadãos que são tão minúsculos intelectualmente quanto um frágil zooplâncton submarino. Imagine a situação. Você seria capaz de amanhecer um dia com a forte intenção de destruir toda a sua casa? Você seria frio suficiente para aniquilar o ambiente onde estava a viver seus filhos? Você concorda que isso seria uma atitude deveras irracional? Um ato no mínimo estúpido? Afinal, quem teria prazer de deteriorar o próprio reduto familiar? Apresento, aqui, o nome desse gênio: o ser humano! Esta criatura que se diz tão superior racionalmente está a destruir cada vez mais o planeta Terra. A degradação do meio ambiente é uma prática extremamente comum nos últimos tempos. Pergunto novamente: você quer realmente ser chamado de humano segundo esses padrões que acabo de mencionar? Se sim, ótimo! Você está em um caminho excelente rumo ao fracasso. Se não, parabéns! Você é membro de uma nova safra de seres humanos, aqueles que sabem fielmente o significado do verbo pensar.

Continuando a nossa viagem, quero falar um pouco sobre o que considero ser um humano. Pense comigo e faça a si mesmo uma pergunta. Qual a minha função enquanto vivo? Estou aqui para difundir o ideal de felicidade. Estou aqui com a finalidade de propagar conceitos de fraternidade. Tenho como foco o bem. Se cada um de nós percebermos que o mundo por completo é um imenso amontoado de engrenagens, com toda certeza, tornar-se-á mais fácil o conviver. Temos de entender que, para crescermos, é necessário que alguém também obtenha sucesso. A magnitude do outro contagia o nosso ego e nos faz ocupar os lugares cimeiros na vida. A luz da sabedoria ilumina nossas metas e nos faz criar força para enfrentarmos quaisquer batalhas. Devemos ter a consciência de que não existe uma boa colheita se não houver um bom plantio. O esforço é muito importante em uma luta. Nossa maior guerra é o fato de estarmos vivos, porém isso não impede que sejamos racionais a ponto de procurarmos o equilíbrio. Quando o mundo parecer injusto e sem saída, lembre-se de minhas palavras e invente um método de satisfação. Dificuldades sempre existirão em nossas vidas, porém o que nos tornará mais ou menos capaz será nosso poder de relaxamento e concentração. Isso é ser humano.

Humano nada mais é que pensar e tornar esse pensamento próspero para todos. Explicitarei, agora, o meu conceito de humano. Humano, para mim, é sentir. Humano, para mim, é refletir. Humano, para mim, é sensibilizar. Humano, para mim, é amar.

Eu sou um ser humano.

E você? É?

Sérgio Reiss
Enviado por Sérgio Reiss em 08/10/2007
Código do texto: T685953
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