GERAÇÃO MORTA!

"Mas, a quem compararei esta geração? É semelhante aos

meninos que, sentados nas praças, clamam aos seus

companheiros: tocamo-vos flauta, e não dançastes;

cantamos lamentações, e não pranteastes"

(Mateus 11:16-17)

Por que não vês o que nest'hora a ti se achegas?

Acaso, estarias, pois... cego?

E, portanto, não deslumbras pelo que diante de ti s'encontra!

Ah! Quem dera se abrisses, pelo menos

[por um minuto que seria... os teus olhos!

Todavia, eis que preferes tão somente a dormir...!

Oh! Só quem tem seus olhos abertos sabe bem

[o qu'é a alegria de s'estar... vivo

Mas, são tão poucos...!

E, destarte, optas a se consumir em tuas tolas ânsias e medos

Contra os que se deleitam nas tabernas e prostíbulos

E, assim, oh! "estes de form'alguma... perdem tempo"!

Ai! Como é triste ouvir as lamúrias dos desesperados!

E o que é pior: Sendo assim todos os dias

No sucessivo choro da torpe e ignorante multidão

Dos tantos que têm medo de morrer

(Ou seria, quem sabe, têm "medo é de viver"?)

E, em vista disto, eu pergunto:

Está-lo-iam vivos?

Ou melhor, será que de fato... "são vivos"?

Dos que se afogam no ordinário do mundo... e jamais se transcendem!

A vida, ah! a vida...!

Como é bela!... E dinâmica!... E até... excitante!

Contudo, não tem o mínimo sentido par'aquele que não a tenha sentido

Para quem não a sente...

Ah! Geração modorrenta... parasita... morta!

Tão desanimada... para a graça... de viver

Comparável, sem dúvida, a quem vai ao cinema , mas lá dorme...

[diante d'um filme... pornô!

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22 de março de 2020

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 22/03/2020
Reeditado em 22/03/2020
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