Não Aprendi

De verdade, eu não tenho medo dela; porém, num contra senso, uma aversão enorme de conviver com ela; não tenho medo da minha, nem da dos outros também, mas vivenciar essa situação, para mim, é uma coisa que eu não sei, não aprendi, não gosto, não suporto, não consigo, sei lá.

Não sou insensível, como pode parecer aos olhos dos outros. Vai ver sou egoísta. Quero sempre guardar a melhor imagem. Aquela inerte, fúnebre, estática, gelada, em que a vida das flores tentam minimizar aparências, dores, sentimentos... ah, que terrível! Algumas pessoas têm um sentimento... mórbido talvez, e adoram ir ver; vão ver até quem nunca conheceram, já eu nunca quero ir ver. Não, eu quero sempre guardar a imagem da vitalidade, as lembranças de vivência, e por isso muitas vezes sou incompreendida. A última vez que compareci foi quando da minha avó, e coincidentemente, ou tragicamente, sei lá, também havia uma criança da família que se fora na mais tenra idade. Acidentalmente havia se queimado com água fervente. Minha vozinha querida, mais de oitenta anos, eu senti quase que como natural. Ademais tinha lhe dado todo o carinho que pude, sentia que minha missão para com ela tinha sido cumprida. Agora a criança, o que dizer...

E só. Nos episódios seguintes tentei mas não consegui ir. No momento já sei que não consigo ir, nem me preparo. Já está definido, Não sei lidar com isso. Não aprendi.