Hiperestesia II

É tudo tão intenso,

Pela frieza que me consome

Uma voz dentro de mim grita

Buscando alguém do lado de fora

Arranhando a minha garganta na subida

E vejo as minhas mãos tão pequenas

Tentando empurrar para dentro

Através dos meus lábios, o que eu guardo

Meu corpo, atado, minha boca muda...

O sangue ferve, engrossa,

Eu sinto enquanto corre em minhas veias

O que eu sinto é tão grande

O que vive em mim, destila vida

O que eu sinto, está mais vivo do que eu

O que eu sinto não dorme

O que eu sinto me faz tremer

Mesmo envenenado, não morre.

E no paradoxo me faz viver!