até que ponto há liberdade?

o prazer está contido, quase que implícito, em um verdadeiro pesar,

de não querer mais continuar sendo escravo de um instinto,

nem tornar-se escravo da razão,

eu vejo a agonia que paira sobre essa gente,

quase que aflita, num misto de loucura e confusão...

Ainda estou são..

Rompi a barreira que separava a mera causalidade,

sobrepus em meu peito o mero instinto natural,

agora questiono a pureza que paira sobre este culto racional,

até que ponto há liberdade, será que ao menos na arte?

Ou tudo isso é fruto de uma divindade celestial?

Não quero o sangue de inocentes,

não pretendo purificar o que já se corrompeu,

tampouco desejo ser servo de um universo que não seja meu...

Mas ciente da minha incapacidade, começo a aceitar este destino,

e agradecer pela oportunidade que me foi dada em poder estar,

isso não significa que minha alma ficará quieta,

pois ainda que a cobertura do meu túmulo esteja deserta,

eu nunca, nunca deixarei de lutar...

Milquer Caldeira
Enviado por Milquer Caldeira em 26/07/2020
Reeditado em 27/07/2020
Código do texto: T7017743
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