Léo

Ele está aqui aos meus pés, embaixo da mesa da sala, igual a todas as manhãs após sua refeição matinal,

Como se a sua paz dependesse de cochilar sob meu chinelo e agarrado a ele, como o mais forte abraço entre casais apaixonados.

Consigo sentir seu prazer com apenas um simples toque do meu pé deslizando em seu pelo macio e peludo,

Também sinto-me relaxada,

Parece que nosso tato fizeram uma troca de favores sem nenhum interesse, e quando me dou conta do nosso momento seu corpo já está por cima do meu pé. Mas tu não pode mais ficar aí, feliz e em paz nos teus sonhos animal. Tenho que ir, fica te aí no solo frio que a cerâmica dispõe até que descidas acordar, ou que alguém o faça, porque as pessoas não te respeitam, como animal doméstico tu não tens privacidade, está aqui para nos dar a sua companhia.

Claramente vejo que é você o ser social que eu não sou,

És carinhoso e não carente, ao ponto de parecer dependente do meu afago para sentir-se bem emocionalmente. Mas tu, meu lindo gatinho Léo, que remete fisicamente ao meu primeiro gato de infância, Tuque, sois independente e sou eu a depender do teu amor.

Mari Lindeboom
Enviado por Mari Lindeboom em 30/07/2020
Código do texto: T7021656
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