Diluído em Cosmo

Em tantos momentos, esses mesmos de questionamento, me pego preso entre as brechas de meus pensamentos, nas livres frestas de meu julgamento. Sou e não sou, errôneo e errático, comportamento problemático. Simples talvez, mas nunca simplório. Ego, superego e id. Tríplice aliança, coroando meu ser psíquico e por vezes analítico. Quem de fato eu sou? Dependente químico do presente, passado e futuro. Três faces de um mesmo ser transeunte, tranquilo e transformador. Visualizo e concretizo o que nem é percebido. Dimensão que depende da interpretação, que depende do viés, que depende da situação, que depende do contexto, que depende do histórico. Dependente que sou, me agarro ao abstrato e nele me torno concreto. O impacto do pensamento, provoca em mim e ao meu redor, um choque sem comparação, sem simulações. Somente efeito e causa. Somente tempo e pausa. Eu, metaforicamente, diluído em cosmo.

Flavio Marcondes
Enviado por Flavio Marcondes em 09/12/2020
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