Sangue
Vinha eu nos vinhais da vida
Escorria o líquido vitalício
Artifício que corre sem teias
É doce o sabor que traz
Não há desperdício.
E assim o mundo se faz
De humanidade e desejo voraz
Sem meio termo, com pouco resquício.
Vinha eu nos vinhais da vida
Sofrida!
Diria um amigo: uma prensa escondida.
E se um dia o vinho fez ceia
Hoje, o alimento escorre nas veias
Sangue!