Devaneio
De que adianta selecionar as mais belas palavras
Se aqui dentro a feiura do sentimento transborda
Os versos mais bem pensados
São vazios no peito sem ar
Eu puxo pra dentro e pra fora sopra o musgo da manhã
Que de vez é fria e de vez é garoa.
Sempre me dei demais
Quando o padrão é o muro
Esmurro a alcançar
Nem pulo, nem subo
Só deixo o eco escapar.
Soa tão torpe ser sem sentido algum
Mas acabei perdendo os toques e manhas
A cada rajada de desprezo que sofri do amor
Eu amo , mais e mais.
Até que fiquei louco.