Um rascunho do amanhã.

Há tempos venho juntando pessoas, expandindo círculos e criando novas perspectivas, e tantas histórias, experiências e memórias, me veio na mente um velho pensamento.

De tudo que eu tinha, não tinha nada.

E do pouco que me resta, nada me sobrará...

Tantas pessoas que entraram e saíram, tantas paixões, amizades, amores e passagens, no final do dia sempre a solidão me relembra que existe.

É como se as coisas não se encaixassem com mais ninguém além da minha própria imagem.

Um constante sentimento de culpa e tristeza recorrente, seriam as toxinas de uma sociedade doente?

Doença, doença que não tem cura, a mente do homem como uma capa de gordura que esconde a carne nua e crua.

O vazio no peito, antes dormente, agora se expande como nunca antes.

Se alastra e me condena, me absorve e rouba a cena.

Meus pensamentos já não os mesmo que antes, eu quero enlouquecer e procurar um novo mundo, um novo rumo, mas a razão me segura e me guia, como doutrina de um mentalmente inoperante.

Me aborrece perceber as amarras de um sistema globalmente operante, e se faz quase impossível acreditar que seja teoria da conspiração de um ignorante.

Estamos presos em uma liberdade fingida, tentando dos encaixar onde não existe encaixe.

Deixando de ser naturais e carnais para viver nos conceitos ditos sociais.