Quando o espaço se preenche do nada

Há o que colocar, mas não tem lugar

Há amor, mas não há coração disposto

Um olhar para ver o que não há

Só se quer enxergar um rumo, um plumo, uma base...

Não tem como preencher um lugar que não se ocupa

Se perde o rumo sem mesmo encontrar o caminho da volta, pois....

Cada passo que não foi dado, se apagou as pegadas na memória

Sem vestígios não tem como voltar.

Quando o espaço se preenche do nada

Sobra descrença.

O vazio também se preenche, se preenche com outro vazio.

Sobra cansaço.

E se espera sem ter por onde esperar

O reencontro com aquilo que há.

De em si mesmo.

Talvez seja aí, onde os passos foram mal endereçados.

Volte para sí.

Talvez assim, se preencha de tudo.

adiv
Enviado por adiv em 22/10/2021
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