Uma vez que a morte é uma característica própria dos seres criados no tempo e espaço, e não da vida em si, é totalmente compreensivo que nos sentimos incomodados com a idéia de deixar de existir, uma vez que a vida, essa energia vital que nos sustenta de pé, não comunga da natureza da morte. A natureza da vida diz respeito ao ser, ao passo que a natureza da morte está ligado a idéia do “não ser”.
A consciência de um indivíduo sujeito ao tempo, repudia a idéia da morte, pois na vida não se opera tal princípio. Então, com o intuito de se iludir, a consciência procura se enganar fantasiando uma possível existência pós-morte. Porém, sabendo que nossa consciência só vive mediante o perfeito funcionamento de nosso corpo e celebro, é simplesmente ridículo pensar que existe consciência na morte, no “não ser”. Não tem como a consciência de um ser, subsistir fora do corpo, pois a consciência só existe mediante a possibilidade de um veículo carnal sujeito ao abstrato e dotado de um celebro capaz de formular pensamentos; sem esse corpo não há consciência.
Ainda que soe frustrante e trágico para a maioria de nós, a realidade é que não pode e não deve existir consciência na morte. Toda essa idéia de recompensa e punição depois da morte não passa de uma invenção produzida pela capacidade humana de fantasiar e dar sentido a vida.
...
Obrigado pela visita! Conheça minha obra musical no site www.seuribeiro.com 

*************************************** Seu Ribeiro ***************************************