Agradecimento confuso.

Palavras...

Palavrinhas...

Palavrões...

São as palavras que me acompanham por toda a vida.

São as palavras que eu abandono por toda a vida.

Mas somente por meio delas, eu me encontro.

Palavras que harmonizar o ambiente.

Inspiram, incentivam.

São as mesmas que podem nos arrancar tudo.

E foram essas palavras que tenho como companheiras a vida toda.

Na dualidade venho me encontrar.

Numa busca por raiz, por centro.

Não por controle, mas no meio de tudo isso. Sons e vozes da minha cabeça.

Creio que misturei as ondas, como dissem as estações.

E na busca da ancestralidade, na busca do meu ser.

Eu acreditei firmemente que queria controle.

A dois anos a vida me mostra que não temos controle de nada.

Dia a após dia, em sua sutiliza, em suas voltas, encontros e desencontros.

Mas a criança mimada e machucada que habita em mim.

Compreendeu que por meio do controle eu poderia me tornar alguém

E ser feliz

Controlando cada passo. Cada gesto.

Cada ação.

E a vida, precisa de movimento como as onda do mar. As quedas da cachoeira os ventos da tempestade.

A vida é dinâmica, pois como ouvi hoje de uma poetiza, não estamos vivendo, estamos morrendo a cada dia.

E mediante isso, querer controle, querer dominar cada gesto, cada informação é uma tolice.

Palavra que se repete esses dias.

Tolice.

E nessa busca de controle, encontrei na situação de não fazer mais a minima de que eu era.

Onde eu estava ou buscando o quê, não que eu saiba, apenas não me importava mais.

E assim abandonei as palavras, as palavrinhas e os palavrões.

Nessa busca do controle, eu morri em vida, e ainda não superei esse luto.

Porque machuquei ainda mais a criança mimada que há em mim.

E as pessoas que me amam.

E hoje estou aqui com muitas palavrinhas, tentando encontrar um meio de agradecer as oportunidades que a vida me dá.

Mas creio que serei incapaz.

Talvez seja ideia e pensamento para outro momento.

Nesse momento, ainda encontro-me ainda muito triste, por ter que viver esse luto.

E renascimento.

Olhar nos meus olhos e dizer para mim, nada além de perdão.

Pegar a trindade e acalenta-la, mas ou péssima em fazer isso.

Crianças mimada não acalentam, elas atacam, partem para cima.

Sem chance de defesa do outro.

Bruxa do Silêncio
Enviado por Bruxa do Silêncio em 01/05/2022
Código do texto: T7507285
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