O que é amor?

Amor é quase tudo que se foi citado anteriormente (texto "Amor" de Rachel de Queiroz). Na maioria das vezes (ou quase sempre) ele faz morada no lugar-comum. É paciência, amizade, materialismo, ilusão, idealização e frustração. Amor também são prazeres momentâneos (saudade, sexo, paixão). Eles são os mais comuns e presentes hoje em dia, invadem nossos corações e nos drogam com doses graúdas deles mesmos. Pessoalmente, acho esses interessantes e fico curioso quanto a ligação que todos eles têm. Amor são memórias, dúvidas e acima de tudo sacrifício. Quem disse que abrir mão de algo ou de alguém que se ama não é amor? Esta é a das mais belas que existe (segundo o lugar-comum). Amor são misturas de sentimentos, efeitos colaterais, ambiguidade, relativismo e achismo. Eu prefiro acredito nos amores das músicas das quais sou acostumado a escutar. Quem não quer "Ver um filme, ter dois filhos, ir ao parque, discutir Caetano, planejar bobagens e morrer de rir?" (essa é minha melhor dedicatória). Falando em dedicatórias, essa ("Vagalumes Cegos") foi a última que dediquei verdadeiramente a alguém (meu último e talvez eterno amor, motivo das minhas recaídas e altas doses de saudade). Talvez eu só estivesse apaixonado e não entendia muito bem. Amor são trocas de olhares nos corredores, tomar sorvete de chocolate com balas de menta, ficar de mãos dadas por debaixo das mesas (ele não era assumido) de uma lanchonete, beijar na boca em plena Sexta Feira Santa, fazer chamadas de vídeo na praia, assistir filmes juntos mesmo com a distância entre nós dois, fugir da missa em troca de um singelo toque molhado (era a minha primeira vez beijando). Amor é Marcelo Camelo (Janta), Cícero (Vagalumes Cegos), Caetano Veloso (Sozinho), Cazuza (Exagerado) e por ai se vai mais uma lista. Amor é indescritível, inexplicável e incomparável. Amor mesmo é pra ser mais sentido do que falado.