O RIO E AS ALMAS

 

“Terminar o momento, encontrar o final da jornada

      em cada passo do caminho, viver o maior número

            de boas horas, é sabedoria”

                         (Ralph Waldo Emerson)

 

 

A terra

O ventre místico da vida

E dela a surgir... uma nascente

A brotar... de sua energia

Uma semente nest’hora a fecudar, então

E vem... ao mundo

E se forma (toma "carne")

 

 

Tudo tem um princípio

E tudo um dia... aparece (manifesta-se)

Como o sol a nascer em su’alvorada        

Instante mágico... da vida

A que dela pouco [ou nada] se sabe!

 

 

E o rio segue... em seu curso

E as almas na estrada do tempo...[também] trafegam

A sagrada jornada a que ninguém sabe o seu [real] destino

(Ou o que nela [em seu termo] virá)

 

 

D’uma mística dinâmica em tudo

E por assim ser não tolera ficar estática (jamais)

Não, não pode ser um rio a ficar represado (parado)

Até porque parar seria a sua morte

E, deste modo prossegue [continuamente]

 

 

A nossa incrível viagem...

A nossa sagrada... jornada

Oh! Por tão longa a se parecer às vezes acredita-se que não acaba

Ou será que tal se dá por uma certa ansiedade a nos assaltar?

Todavia, que ninguém s’engane com isto a nos iludir a mente

Findará, oh! sim

E que ninguém pense que no final não dará... em nada

 

 

E então vai... entre encostas e quebradas

Serpenteando e se adentrando entre colinas e montanhas

Descendo ladeiras...

Formando cachoeiras

Rompendo barreiras...

 

 

Atravessando vilas e cidades

E sempre se despendido delas

Faz-se preciso...

(Talvez até mesmo para à nenhuma se apegar!)

E a ir de horizonte em horizonte

Até finalmente chegar onde, pois, deveria

Mas, e então, qual o destino do rio?

 

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Tudo nasce para “algo”

Tudo carrega em seu interior... uma vocação

O rio também

E o que não dizer das almas?

Par'aonde vão?

Ou melhor:

Par'aonde "vamos" em nossa viagem?

 

 

O rio desconhece o seu destino (o seu porvir]

E acaso as almas [aqui] sabem a sua sorte?

E não seria a mesma de todas e para todas?

E teria saudades o rio do mar [o qual ainda não conhece]?

Todavia, as almas têm, sim, saudade de Deus

(Ainda que [isto] venham a ignorar)

Neste mundo que não permite que o “filho pródigo” tenha

... saudade do Pai!...

Não devemos ser o que o mundo nos faz (ou nos "deformou")

Precisamos, sim, ser o que a Vida em seus planos para nós criou:

A paz

 

 

E assim o rio segue

E no que insistiu, oh! eis qu'em seu curso finalmente chegou

E s’encontrou com “quem” sempre o esperou:

O Mar...

Vida encontrando... com vida

Comunhão...

 

 

O rio a perder su’antiga [ou falsa] identidade

Contudo, nenhum prejuízo lhe fará

Será [ele] um só... com o Mar

E serão a partir des'hora as almas (todas)... uma só... com Deus

 

 

IMAGENS: FOTOS TIRADAS DE CELULAR

 

MÚSICA: “AVE CANTADEIRA” – PAULINHO PEDRA AZUL

https://www.youtube.com/watch?v=7eVp1KtRhkA

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 08/01/2023
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T7689575
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