morte lenta.

Um café e um cigarro.

Aflições e angústias; ambas fazendo-me companhia na sacada vazia.

Trago a fumaça na intenção de preencher o vazio que deixaste.

Um, dois, três cigarros.

Quantos mais até sentir-me inteira novamente?

Um maço já não é suficiente; busco por diferentes maneiras de desintoxicar-me de ti.

Domino a arte de substituir um vício pelo outro; de qualquer forma, já me mataste por dentro.

Morri tantas vezes que parei de contar; lembro de todas enquanto seguro a arma entre meus dedos.

Puxo o gatilho um pouco por dia. E de novo, de novo, de novo.

Mato-me lentamente para renascer das cinzas feito fênix; renovada, curada e completa.

Não deixarei tu ser o motivo de minha morte mais uma vez.

Calliope May
Enviado por Calliope May em 31/01/2023
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