TUDO A ESTAR... EM SUA ESSÊNCIA

 

   “Para a alma todas as coisas são nada,

       e ela própria é nada a seus olhos.

            Só Deus, para ela, é tudo”

                              (São João da Cruz)

 

Antes de tudo...

Antes de tudo, ah! como eu gostaria de saber

Embora nem sei por quê!

Antes de tudo (de qualquer coisa)

E assim, antes de tudo o que há...

Sei lá...

 

 

Ou seria antes de nada?

Também não sei...

Mas se o “nada” não existe então “tudo” estaria oculto

... ou invisível aos nossos olhos?

Ou escondido aos nossos sentidos?

O “tudo” que sempr’existiu... ou que se vestiu... de “nada”?!

Ou do ilusório nada que se reveste... de “tudo”

 

 

Bem sabe o verdadeiro sábio que [ele] não sabe de nada

Embora por vezes alguns flashes clareiam a su’alma [hibernada no tempo]

Cintilações do conhecimento a que são dados a conta-gotas... pela Vida

Ao que nessas horas um conforto lhe toca o peito

Como um forte analgésico... ou uma morfina a nos aliviar

 

 

Somos prisioneiros de nossas incertezas

E a maioria quer [delas] esquecer para não ser tragada pel’angústia

Afinal, par’onde irá... tudo?

Par’onde iremos...nós?

Oh! que ninguém venha a querer m’enganar com esperanças tolas

Estou farto delas

Sim, estou de “saco cheio” dessas religiões que só m’ensinaram a ter

... medo de tudo

Prefiro a Filosofia

Ou não prefiro... nada

De tudo o que se fala não passa de somente palavras [vazias]

Ai! Chega, basta...

 

 

Tudo!

Mas, o que haveria... antes?

Por que a nossa vida dura... tão pouco?

E se ela é infinita, impossível cabê-la n’um caixão... depois de tudo

Mas tudo é tão instável (impermanente)!

Do gozo a morrer n’agonia do orgasmo

Prenúncio da vida que um dia tombará (inevitavelmente)

Ou mesmo nest’hora (subitamente)

 

 

E eis que no tempo dormia na embriaguez de seu sono... tudo

Ou, quem sabe, habitava em seus sonhos... tudo!?

Mas que um dia precisou vir à tona... do existir... tudo

Até, se consumir n’um [determinado ou não] tempo

O tempo de des-existir

Para, talvez... voltar

De tudo que necessitou “acontecer” no prazo do mundo

E nele passar no suceder... de tudo

Tudo... tudo... tudo

Todos os substantivos, todas as formas, todas as coisas, todas as vidas

 

 

A horrível morte em sua ruína a ser tão somente uma ilusão?

Quem haverá de retirar [d’ela] a sua máscara?

E o caos [em tudo] realmente existe?

Contudo, ond’estava antes... tudo?

Torno a perguntar

Sim antes de tudo, ond’estava... tudo?

Do que nada se criou do nada

E para qu’existisse precisaria d’uma “morada”

(A que lhe abrigasse)

 

 

E então, abramos os olhos, como nos pedia o Mestre

“Olhai as aves do céu”

“Olhai os lírios do campo”

Da Borboleta a passear livremente entre as flores

D’àquela que um dia oculta estava n’um casulo

Ou da rolinha qu’escondida estava dentro d’um ovo

E das flores a que dormiam cada qual em sua semente

 

 

E assim, seremos nós também

(No que já somos... e sempre fomos)

Que habitamos no mistério... de tudo

Do “tudo” a ser a essência... em tudo

De tudo a estar... em su’essência

E que não pode [dela] fugir

E tudo volta... para o Tudo

Tudo... tudo... tudo...

 

 

07/04/2023

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES TIRADAS POR CELULAR

 

MÚSICAS:

AKSHOBHYA DHARANI

https://www.youtube.com/watch?v=A3kCg090LOk

 

“HEALING CHINESE ZEN MUSIC OF ANXIETY & STRESS 

https://www.youtube.com/watch?v=JqREptKgR2E

 

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SOMENTE O TEXTO:

 

TUDO A ESTAR... EM SUA ESSÊNCIA

 

   “Para a alma todas as coisas são nada,

       e ela própria é nada a seus olhos.

            Só Deus, para ela, é tudo”

                              (São João da Cruz)

 

Antes de tudo...

Antes de tudo, ah! como eu gostaria de saber

Embora nem sei por quê!

Antes de tudo (de qualquer coisa)

E assim, antes de tudo o que há...

Sei lá...

 

Ou seria antes de nada?

Também não sei...

Mas se o “nada” não existe então “tudo” estaria oculto

... ou invisível aos nossos olhos?

Ou escondido aos nossos sentidos?

O “tudo” que sempr’existiu... ou que se vestiu... de “nada”?!

Ou do ilusório nada que se reveste... de “tudo”

 

Bem sabe o verdadeiro sábio que [ele] não sabe de nada

 

Embora por vezes alguns flashes clareiam a su’alma [hibernada no tempo]

Cintilações do conhecimento a que são dados a conta-gotas... pela Vida

Ao que nessas horas um conforto lhe toca o peito

Como um forte analgésico... ou uma morfina a nos aliviar

 

Somos prisioneiros de nossas incertezas

E a maioria quer [delas] esquecer para não ser tragada pel’angústia

Afinal, par’onde irá... tudo?

Par’onde iremos...nós?

Oh! que ninguém venha a querer m’enganar com esperanças tolas

Estou farto delas

Sim, estou de “saco cheio” dessas religiões que só m’ensinaram a ter

... medo de tudo

Prefiro a Filosofia

Ou não prefiro... nada

De tudo o que se fala não passa de somente palavras [vazias]

Ai! Chega, basta...

 

Tudo!

Mas, o que haveria... antes?

Por que a nossa vida dura... tão pouco?

E se ela é infinita, impossível cabê-la n’um caixão... depois de tudo

Mas tudo é tão instável (impermanente)!

Do gozo a morrer n’agonia do orgasmo

Prenúncio da vida que um dia tombará (inevitavelmente)

Ou mesmo nest’hora (subitamente)

 

E eis que no tempo dormia na embriaguez de seu sono... tudo

Ou, quem sabe, habitava em seus sonhos... tudo!?

Mas que um dia precisou vir à tona... do existir... tudo

Até, se consumir n’um [determinado ou não] tempo

O tempo de des-existir

Para, talvez... voltar

De tudo que necessitou “acontecer” no prazo do mundo

E nele passar no suceder... de tudo

Tudo... tudo... tudo

Todos os substantivos, todas as formas, todas as coisas, todas as vidas

 

A horrível morte em sua ruína a ser tão somente uma ilusão?

Quem haverá de retirar [d’ela] a sua máscara?

E o caos [em tudo] realmente existe?

Contudo, ond’estava antes... tudo?

Torno a perguntar

Sim antes de tudo, ond’estava... tudo?

Do que nada se criou do nada

E para qu’existisse precisaria d’uma “morada”

(A que lhe abrigasse)

 

E então, abramos os olhos, como nos pedia o Mestre

“Olhai as aves do céu”

“Olhai os lírios do campo”

Da Borboleta a passear livremente entre as flores

D’àquela que um dia oculta estava n’um casulo

Ou da rolinha qu’escondida estava dentro d’um ovo

E das flores a que dormiam cada qual em sua semente

 

E assim, seremos nós também

(No que já somos... e sempre fomos)

Que habitamos no mistério... de tudo

Do “tudo” a ser a essência... em tudo

De tudo a estar... em su’essência

E que não pode [dela] fugir

E tudo volta... para o Tudo

Tudo... tudo... tudo...

 

07/04/2023

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 07/04/2023
Reeditado em 07/04/2023
Código do texto: T7758379
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