Acaso

E de repente, talvez por acaso,

O acaso nos prega uma peça.

Aquilo que era improvável,

Aflora, encanta, e, meça!

Que força é essa?

Que exalta, que cala, que sonha...

Do imprevisto, tenho agora a certeza.

De olhos que se querem,

Bocas que se atraem,

Corpos que se desejam

E ardem em paixão.

Essa chama que incendeia

Vem nos atormentar

O coração, a razão,

Vem o sono tirar...

Teu cheiro, teu gosto,

Tua respiração ao meu ouvido,

Nada disso sai da lembrança…

Dia após dia, noite após noite,

Desejo que estas lembranças

Tornem-se reais,

Para que eu te tenha em meus braços

Por, pelo menos, uma vez mais...

E pensar que bastou apenas

Um olhar, um segundo, um encanto,

Para que a tristeza que me fazia manto

Fosse embora com volta sem prazo…

Tudo, quem sabe, talvez,

Por um simples acaso.

Profeta dos Sonhos
Enviado por Profeta dos Sonhos em 13/12/2007
Código do texto: T776963
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