A Civilização dos Bits

Todos sabíamos sem nem mesmo saber

Que, como poeira, iríamos evanescer

Era tão simples viver antes da revelação

Agora tudo é tão palpável... finito e doloroso

Voávamos como os anjos

Mesmo sem asas, mesmo sem sair do lugar

Respirávamos o vento dourado do paraíso

Até que a noite chegou, até que precisamos entender

O frio nos abraçou com um carinho de morte

Entrelaçados nos erros, comprometemos os sonhos

As luzes do ontem são agora o refúgio dos homens

Nada a frente, a não ser a bestialidade de suas quimeras

Alguns sons polifonicamente angustiantes

Nos lembram como é sorrir, dançar e viver

Mas nossa fé algorítmica não estabelece conexão

É tarde demais para os novos bits de nossos corações

Tomverter
Enviado por Tomverter em 24/04/2023
Código do texto: T7771575
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