Simples falta de amor ao próximo

O moço, cantor de uma banda, durante um show, desce do palco e começa a cantar com seu público, interagindo com ele.

Num dado momento, pelo que se vê em um vídeo, na internet, alguém faz-lhe um carinho no cabelo. É bem claro que o cabelo não foi puxado.

De forma dura, mencionado artista vira para a sua fã e lhe dá uma lição de moral.

Isso apenas demonstra a triste realidade em que vivemos. Cada vez mais, estamos nos colocando numa redoma de vidro, através da qual queremos ser vistos, mas não podemos ser tocados.

O outro rapaz, mais famoso, com sua simplicidade carioca, mas com uma simpatia mineira, dizia: “todo artista tem de ir aonde o povo está”.

Se o “artista tem de ir aonde o povo está” e se é o “povo” que dá fama a esse artista, não deveria o mesmo ser simpático e agradável com todos que lhe prestigiam?

Responder a um carinho, com grosseria e lição de moral, faz alguém melhor ou pior que o outro? Tenho minhas dúvidas.

Aliás, se o moço desce do palco e vai até o meio da multidão, não está ele ciente de que alguém pode querer abraça-lo ou lhe tocar?

Lembrei-me de outra pessoa, com muito mais destaque, que o tal moço, que, andando no meio de uma multidão de pessoas, foi tocado e Dele foi retirada virtude. Mesmo saindo Dele vida, praticou um ato de amor, virando-se para a sua seguidora e lhe dizendo: “vá em paz, a tua fé te curou”.

Pelo que entendo, esse é um exemplo a ser seguido.