Memórias de mortes passadas

Há 23 séculos eu não morria, mas hoje, ao ser esfaqueado no semáforo, foi como se eu tivesse morrido pela primeira vez. A leveza da alma novamente liberta do cárcere cadavérico valeu do infortúnio causado pelas mazelas sofridas em vida. Fico feliz em preservar a memória de maneira tão positiva, face aos maus-tratos do tempo. Morrer é melhor que sonhar...

BILU
Enviado por BILU em 24/07/2023
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