A INDÚSTRIA DA FOME

Quando criança, há 70 anos, ouvia falar sobre a fome no mundo, especificamente na África.

Lembro na época de ter visto fotos na antiga revista Cruzeiro de crianças negras, magras, andando feito zumbis, chupando o seio das mães que mal paravam em pé de fraqueza, e as moscas sobrevoando a todos como abutres.

Na minha pouca idade me marcou tanto que jamais esqueci aquela imagem. Durante muito tempo sonhei com aquela desgraça.

Depois de 70 anos nada mudou, as fotos continuam as mesmas.

Não precisa ser muito inteligente para perceber que a UNICEF, fundo das Nações Unidas, e uma infinidade de ONGS que recolhem dinheiro de doações para combater a fome no mundo, depois de todos esses anos não ter resolvido e nem minimizado o problema, a desgraça da fome continua a mesma, imagina quanto de dinheiro foi arrecado e quanta gente se enriqueceu com a canalhice de “terminar com a fome no mundo”.

Usam os famintos para arrecadarem mais dinheiro, para os necessitados chegam somente as migalhas distribuídas sob forte propaganda para as próximas solicitações.

Jamais resolverão o problema porque a indústria deixaria de funcionar, e muitos canalhas, vagabundos perderiam seus bilhões de dólares de doações realizadas pelo povo e até por nações.

Até hoje para mim é insuportável ver essas fotos e vídeos.

Como pode um ser humano incumbido de distribuir os alimentos, desviar o dinheiro e suportar assistir uma criança chorando de fome. Não pode ser humano.

O mínimo para esses monstros seria a pena de morte.

O mínimo... É simplesmente odioso.

Evidentemente, nesse universo existem raríssimas exceções de pessoas do bem, em minoria não conseguem resolver o problema.