Agosto de dois mil e vinte três
Ela o conheceu, em agosto, sim, nesse agosto, ou melhor dizendo, neste agosto que agora tão distante dela vive, tanto o mês quanto ele. Ela que jamais pensou se ver por outros olhos, sem ser os dela claro, se viu nos dele, uma versão dela que era interessante, tão interessante que nunca se interessara em ser para alguém, mas para ele foi. Ela me falou que isso aconteceu em setembro, sim, nesse setembro que agora tão perto dela vive, até o dia em que caminharam de mãos dadas e se despediram com um "até amanhã", ela foi embora a tempo de conseguir pegar a condução.
E esse amanhã nunca aconteceu.
E esse "até amanhã" nunca doeu tanto.