Culpa

Agora tento me livrar da culpa. Uma redenção desnecessária. Preciso me aprovar no meio dessa turbulência. Não sei o quanto alguém aguenta, mas vou me adaptando e vivendo. Sem certezas ou ideologias adolescente.

Pouco restou de tantas bandeiras. Talvez o momento de deixar o externo e se voltar para o interno para preencher com vida o vazio que o mundo nos entrega. Não há peso, somente culpa passageira. Como se uma mensagem fosse mandada para perceber que o mal espreita e nossa distração pode ser sua porta de entrada.

Esse mal sem nome ou rosto é interno. A incessante batalha que vejo ocorrer no invisível e que a loucura parece ser a explicação lógica para acontecimentos que não podemos explicar.

Se perceber com leveza observando na justa medida. Nem totalmente bom, nem totalmente mal. Alimentamos um ou outro conforme nossos pensamentos.

Não se trata de certo ou errado. Não se trata de julgamento. São atos que trazem sentimentos. E esses são cultivados conforme nossa postura.

Em tempos líquidos a culpa parece inexistente. A constante transformação da sociedade nos permite observar nosso atraso moral. Tempos conturbados.

A esperança caminha em nosso inconsciente coletivo como propulsora para nossas ilusões.

carlos anhaia
Enviado por carlos anhaia em 17/02/2024
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