SOMOS “TEMPOS”

 

O que é “mental” e o que é “real”?

Oh! Às vezes penso que tudo é [tão somente] “mental” e nada é “real”

Mas a verdade é qu’eu não sei... de nada

Ninguém sabe

Porém, não me desespero por causa de minha ignorância

Até porque quando alguém está desesperado eis que acredita em qualquer coisa

Ou em qualquer malando d'esquina

 

E o que acredito que somos?

Somos [todos e cad’um de nós]... “tempos”

E somos... dois tempos... n’um só

(Que se divide ou se integra)

Divididos quase sempre

Integrados raramente

 

O corpo: ... Espaço

A mente:... Tempo

E, portanto, corpo espacial e mente temporal

 

 

Sim, tempo e espaço somos

Oh! Quão bom quando tempo e espaço estão em perfeita comunhão

Quando se está “aqui” e não “em outro” lugar

Ou quando se está “agora” e não “no passado ou no futuro”

Quando se está na terra e não no mundo da lua (ausente)

 

Mas a verdade é que é difícil estar “sempre presente”

Pelo que raptados somos pela saudade (memória)

Ou mesmo pela esperança (desejo)

Já que "saudade" e "memória" também são tempos (psicológicos)

 

E, assim, somos tragados pelo que foi ou pelo que ainda não veio

(E que ninguém sabe se virá)

Sim, há tempos em que negamos o presente (ou quase sempre)

E vagueamos a deriva d’um tempo [paralelo ao “real”]

Não sei se compensa viver “assim”:

Como "vagabundos" no tempo

Porém duvido que já passou por aqui alguém que nunca “viajou

para bem longe de si mesmo”

 

A Vida nos deu dias, meses, anos... a partir da sucessão das horas

Contamos dias e noites...

Sentimos verões e invernos

Provamos vitórias e derrotas (faz parte)

Entre risos e prantos [aqui] passamos

Mas quem melhor [nest’exílio] “aproveitou” o seu tempo?

E para alguém que viveu quase cem anos eu pergunto:

Demorou?

Doeu muito ou passou rápido?

Valeu a pena?

Aproveitou bem ou viveu “em vão”?

Pois então, quando alguém diz que "está demorando" muito provavemente

é porque não está gostando

 

E se a hora da morte ainda não veio por que alguém iria querer encontrar co’ela?

É verdade:

Alheio estou a ela

Contudo, não a odeio

Só não quero que [ela] me visite e me tire d’aqui... agora!

 

 

21 de fevereiro de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

SOMOS “TEMPOS”

 

O que é “mental” e o que é “real”?

Oh! Às vezes penso que tudo é [tão somente] “mental” e nada é “real”

Mas a verdade é qu’eu não sei... de nada

Ninguém sabe

Porém, não me desespero por causa de minha ignorância

Até porque quando alguém está desesperado eis que acredita em qualquer coisa

Ou em qualquer malando d'esquina

 

E o que acredito que somos?

Somos [todos e cad’um de nós]... “tempos”

E somos... dois tempos... n’um só

(Que se divide ou se integra)

Divididos quase sempre

Integrados raramente

 

O corpo: ... Espaço

A mente:... Tempo

E, portanto, corpo espacial e mente temporal

 

Sim, tempo e espaço somos

Oh! Quão bom quando tempo e espaço estão em perfeita comunhão

Quando se está “aqui” e não “em outro” lugar

Ou quando se está “agora” e não “no passado ou no futuro”

Quando se está na terra e não no mundo da lua (ausente)

 

Mas a verdade é que é difícil estar “sempre presente”

Pelo que raptados somos pela saudade (memória)

Ou mesmo pela esperança (desejo)

Já que "saudade" e "memória" também são tempos (psicológicos)

 

E, assim, somos tragados pelo que foi ou pelo que ainda não veio

(E que ninguém sabe se virá)

Sim, há tempos em que negamos o presente (ou quase sempre)

E vagueamos a deriva d’um tempo [paralelo ao “real”]

Não sei se compensa viver “assim”:

Como "vagabundos" no tempo

Porém duvido que já passou por aqui alguém que nunca “viajou

para bem longe de si mesmo”

 

A Vida nos deu dias, meses, anos... a partir da sucessão das horas

Contamos dias e noites...

Sentimos verões e invernos

Provamos vitórias e derrotas (faz parte)

Entre risos e prantos [aqui] passamos

Mas quem melhor [nest’exílio] “aproveitou” o seu tempo?

E para alguém que viveu quase cem anos eu pergunto:

Demorou?

Doeu muito ... ou passou rápido?

Valeu a pena?

Aproveitou bem ou viveu “em vão”?

Pois então, quando alguém diz que "está demorando" muito provavemente

é porque não está gostando

 

E se a hora da morte ainda não veio por que alguém iria querer encontrar co’ela?

É verdade:

Alheio estou a ela

Contudo, não a odeio

Só não quero que [ela] me visite e me tire d’aqui... agora!

 

21 de fevereiro de 2024

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 21/02/2024
Reeditado em 22/02/2024
Código do texto: T8003882
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