TENHO SEDE DE SILÊNCIO

 

Silêncio

Seria o silêncio simplesmente calar... ou não falar?

Emudecer-se ou nada ouvir, então?

Seria apenas não divulgar o que se sabe (ou mesmo não)?

Ou seria tão somente a ausência da palavra, e, portanto, de palavras?

Oh! Quão divina graça (ao qu’eu diria) quando os sentimentos se calam!

Tais como os tempestuosos ventos cessam e vão embora

E não mais causam medo ou pavor

E, assim, não mais s’escutam as vozes do ódio, das ofensas ou do rancor

Ou se calam também os internos discursos produzidos pela inveja ou pelo ciúme

Como também não mais s'escutaria o turbilhão dos apelos dos desejos

Nem dos medos (angústias ou desesperos)

Ao que a alma se sentiria como a saborear a mudez noturna (num’hora tão rara!)

 

 

Calar-se

Fazer um voto de silêncio

Com certeza não é fácil

Ou será que é?

Calar... a boca?!

Não é tanto o que bem quero

Quero mais, muito mais

Gostaria, na verdade, de calar... meus pensamentos

Que maior bem haverá?

N’uma quietude que antes [de mim] fugia

Ou, pelo fato de qu'eu não a conhecia, não a amava

E, destarte, o seu gozo não sabia

 

 

Por que, neste tempo, temos tanta necessidade de palavras?

E por que é tão difícil calar a alma?

Seria pelo motivo o qual preferimos nos distrair com tudo (qu’em

su’essência e verdade é nada)?

 

 

Desejos (feitos de palavras)

O que a alma pode desejar a lhe ser por direito?

Sim, o que a alma tem o direito de desejar?

E quem deseja seria mesmo a alma ou o corpo?

Mas a verdade é que o corpo deseja demais

Dos olhos que são a porta (ou as janelas d'alma)

E do coração que se inflama de febre por tudo

E deseja tudo

Principalmente o que não precisa

 

 

Mas, o que o corpo pode desejar (pelo que a Vida permite) e que

igualmente será compartilhado com a alma?

Repito:

Quem deseja é o corpo ou a alma?

E o que a alma deveria desejar (sempre), mas nunca se lembra,

e, portanto, não deseja?

 

 

Presos estão meus olhos n’um recôndito que não sei se é minh’alma

ou tão somente meu corpo (ou ambos, sei lá!)

E mil palavras gritam dentro de mim ... o tempo inteiro

Quando virá a bênção do silêncio?

Ou nunca virá?

 

 

Ó palavras que não mais se pronunciam (nenhuma)

Quão grande milagre, então!

Nest’hora em que a solidão me banha a alma

E, portanto, não mais me incomodo com nada

Sim, cois'alguma

Nem com o que vem de fora e, sobretudo, no que outrora vinha de dentro

Nada, nada, nada...

 

1682803.jpg

 

Não falta a felicidade (jamais) a quem o silêncio lhe ampara

E assim, no que antes me afligia pelas coisas da terra e de fora, saboreio agora o céu

Já qu’esvaziada s’encontra minha mente

Que bom!

Na verdade, já estava duvida que viria est'hora!

 

1682802.jpg

 

19 de março de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS POR CELULAR)

 

MÚSICA: "ANA BEKOACH" - A ORAÇÃO MAIS PODEROSA DO MUNDO

https://www.youtube.com/watch?v=0wXZ1ydAWF8

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

TENHO SEDE DE SILÊNCIO

 

Silêncio

Seria o silêncio simplesmente calar... ou não falar?

Emudecer-se ou nada ouvir, então?

Seria apenas não divulgar o que se sabe (ou mesmo não)?

Ou seria tão somente a ausência da palavra, e, portanto, de palavras?

Oh! Quão divina graça (ao qu’eu diria) quando os sentimentos se calam!

Tais como os tempestuosos ventos cessam e vão embora

E não mais causam medo ou pavor

E, assim, não mais s’escutam as vozes do ódio, das ofensas ou do rancor

Ou se calam também os internos discursos produzidos pela inveja ou pelo ciúme

Como também não mais s'escutaria o turbilhão dos apelos dos desejos

Nem dos medos (angústias ou desesperos)

Ao que a alma se sentiria como a saborear a mudez noturna (num’hora tão rara!)

 

Calar-se

Fazer um voto de silêncio

Com certeza não é fácil

Ou será que é?

Calar... a boca?!

Não é tanto o que bem quero

Quero mais, muito mais

Gostaria, na verdade, de calar... meus pensamentos

Que maior bem haverá?

N’uma quietude que antes [de mim] fugia

Ou, pelo fato de qu'eu não a conhecia, não a amava

E, destarte, o seu gozo não sabia

 

Por que, neste tempo, temos tanta necessidade de palavras?

E por que é tão difícil calar a alma?

Seria pelo motivo o qual preferimos nos distrair com tudo (qu’em

su’essência e verdade é nada)?

 

Desejos (feitos de palavras)

O que a alma pode desejar a lhe ser por direito?

Sim, o que a alma tem o direito de desejar?

E quem deseja seria mesmo a alma ou o corpo?

Mas a verdade é que o corpo deseja demais

Dos olhos que são a porta (ou as janelas d'alma)

E do coração que se inflama de febre por tudo

E deseja tudo

Principalmente o que não precisa

 

Mas, o que o corpo pode desejar (pelo que a Vida permite) e que

igualmente será compartilhado com a alma?

Repito:

Quem deseja é o corpo ou a alma?

E o que a alma deveria desejar (sempre), mas nunca se lembra,

e, portanto, não deseja?

 

Presos estão meus olhos n’um recôndito que não sei se é minh’alma

ou tão somente meu corpo (ou ambos, sei lá!)

E mil palavras gritam dentro de mim ... o tempo inteiro

Quando virá a bênção do silêncio?

Ou nunca virá?

 

Ó palavras que não mais se pronunciam (nenhuma)

Quão grande milagre, então!

Nest’hora em que a solidão me banha a alma

E, portanto, não mais me incomodo com nada

Sim, cois'alguma

Nem com o que vem de fora e, sobretudo, no que outrora vinha de dentro

Nada, nada, nada...

 

Não falta a felicidade (jamais) a quem o silêncio lhe ampara

E assim, no que antes me afligia pelas coisas da terra e de fora, saboreio agora o céu

Já qu’esvaziada s’encontra minha mente

Que bom!

Na verdade, já estava duvida que viria est'hora!

 

19 de março de 2024

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 19/03/2024
Reeditado em 19/03/2024
Código do texto: T8023208
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