Horizonte

Hoje mais me agrada olhar para o horizonte do que para uma tela.

A imaginação voa longe e assumo um papel ativo. Contrário a passividade que uma tela me oferece. Mergulho em meus pensamentos à procura do meu ser, ou self.

Esse estado ativo me permite criar, criando também a impressão do ato criativo. Como se tudo para mim fosse real conforme a construção em minha mente.

Não me apego aos detalhes banais, ou melhor, a cada dia tento não me apegar tanto aos excessos que causam a angústia e esta, por sua vez, causa a melancolia e frustração. Um gosto amargo de derrota, mesmonão perdendo.

Pequenos detalhes que nos chamam a atenção, por mais sem sentido que pareça, ganha seu sentido na ideia que criamos da beleza deles.

Esse cuidado da justa medida me traz uma sensação de paz. Pois não dá espaço para as condutas excessivas. Desejos na sua medida tornam os momentos dessa finitude memoráveis.

Nessa sucessão de pensamentos parece-me que não existe uma lógica pré definida para nosso cotidiano, nem tampouco para nossa existência. Talvez não haha nada de divino.

Logo o convite para ter uma vida repleta de experiências que darão sentido à existência e irão construindo uma essência. Essa construção feita internamente vai determinando a essência que seria nosso eu.

Meu eu sente uma completude. Um contentamento com relação às coisas que estão ao redor e o significado que dei a cada uma delas.

Conhecer o significado, que por muitas vezes, é sentindo os momentos, essa vivência se torna o alicerce para prenncher o vazio com inúmeras possibilidades.

Cativar o bom e justo em nós e em nossas relações com o mundo é um método criativo. Método que nos permite dar significa a nossa existência.

carlos anhaia
Enviado por carlos anhaia em 19/03/2024
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