AMORES (IM)POSSÍVEIS.

Há amores que sobrevivem. Por mais que passe o tempo, sobrevivem. Sem dúvida, um "Endless Love". Daqueles que nasceram para resistir e existir. Por vezes, e\ou por anos, no peito adormecem, no entanto, passado o tempo, assim como um vulcão, reacendem e põem-se em lavas. Quando à tona, retornam derretidos. Respingam palavras que escaparam ao entendimento e "porquês" não respondidos. Palavras, quase sempre, dueladas com polidez disfarçada, mas doídas, afiadas, perdidas, metaforizadas em poesias. Nesses casos, escudos de proteção são bem-vindos, muito embora, para corações flechados, seja de pouca valia tal artefato. Penso que, nada; nada deveria sobrepor-se a sentimentos dessa natureza, dessa grandeza. Haja vista, a rapidez com que morrem os dias, diante da efemeridade da vida.

Elenice Bastos.