Existir como louco

Já não consigo segurar esse desespero do vazio que me consome. As vozes estão bem vivas, mas ausentes de todo sentido que procuro dar às horas que arrastam a existência. Realidade ou não é o meu real. Raivoso e deslumbrante olhar do inferbo que habita em mim e ae revela silenciosamente me prendendo no escuro e os pensamentos aleatórios consomem meu see. As entranhas enrijecidas como qualquer nervo que afeta discernimento.

Nada há de novo, mas o papel é um amigo preenchido com palavras soltas e confusas.

Espreito o desconhecido me entregando ao caos sem limites do irracional. Tal como a fé. Existência que perdeu seu sentido quando tomei conhecimento da realidade que fugia, alienado numa vida superficial. E de repente? Um choque. Milhoes de explosões elétricas causando seus danos.

Ainda solitário e surtando estou bem acompanhado. Não procuro sangue, mas um lugar para repousar. E não desistir quando não ver saída, pois o humor traiçoeiro castiga a alma trazendo a dor e o riso tal como uma comédia mal escrita sobre crônicas da vida, do banal. Sem outras realidades, sem conhece o outro lado igual a esse porém ao contrário. Aqui onde é confuso o impulso.