Cativeiro

Existe um animal selvagem que vive em cativeiro, mas o cativeiro não é tão ruim quando imposto por outras mãos.

O cativeiro é o próprio “eu”, os próprios sentimentos e emoções, uma prisão onde nunca tentaremos a fuga, pois somos nossos próprios carcereiros.

Uma rebelião talvez seja necessária, uma rebelião consciente onde não haja mortos e nem feridos...

Mentes são para serem usadas, idéias, viver por algo que não tem preço. Eu falo de realmente viver e ser.

Todavia já não se é possível se importar com sonhos, e pessoas. A vida não é mais uma dádiva, pois o valor dela é pesado apenas quando se sente morto.

Morre-se mais a cada ano ou vive-se mais a cada segundo?

Já não é mais possível sorver o oxigênio do ar, o egoísmo devastou florestas e matou gênios da paz.

Gênios? Ora para que se importar são apenas pessoas que vivem em “utopias” de querer tudo salvar. Só por que eles olham e conseguem ver. Vêem a miséria, mas não conseguem sorrir e comprar um novo par de sapatos da nova coleção de inverno para esquecer.

Pensar já não é suficiente, existe um abismo entre ação e pensamento. A solução talvez seja transformar-se em uma ameba nos dias de tédio e uma estrela nos dias de festa.

E há uma cortina de fuligem, dor e poluição sobre os nossos olhos. Um pesadelo, mas no dia seguinte acorda-se vendo maratonistas de roupas grandes e pretas correndo pelos centros comerciais.