Entre prédios e problemas
Vivo na capital
Vivo entre prédios e problemas
Sou um cidadão comum
Mais um que nasceu para abortar
O prato feito para engolir
A miséria para repartir
E as novelas para assistir
NÃO
Esqueci de me idiotizar essa semana
Esqueci de ligar a televisão
Não sou aplauso para descaso
Nem carta marcada em baralho sujo
As lições estão sendo mal passadas
Os homens ensinam a guerrear
E depois querem controlar suas escolhas
Atestado de óbito viver seguindo as regras
Quebrar as correntes que me prendem a falsas ideologias
Não ter medo de estar sozinho
Ir até o final
Mesmo que a derrota fosse vista no início