Consciência
Toc toc toc, em minha janela.
Quem poderá ser?
No segundo andar assim a bater.
Curiosa, corro ao local...
Pessimista, já pensando no mal.
E antes de abrir, paro apreensiva,
E se for um ladrão?... Hum... acho que não!
Virei-me de costas e sai.
Afinal se importantes fosses...
Não haveria de desistir!
Para minha curiosidade aumentar
O barulho torna a voltar
Ahhhh, quem será?
Corro cheia de coragem e abro-a com fervor
Gritando: _ Aqui estou!
Mas respostas não me chegam...
para o meu pavor.
Será que enlouqueci?
Ao ouvir barulhos assim?
Então gritei pela última vez:
_ Se não disseres nada... partirei!
E mais uma vez se emudeceu.
A janela deu para emitir sons?
Ou estou a imaginar?
Talvez minha consciência queira falar
Ou mostrar-me que mesmo sem perceber
Sempre há alguém a bater!