Enigma meu
Sinos batem em minha cabeça
São sons pesados, compassados.
Aceleram meu coração
Marcando, meus pensamentos.
Trazem sensação de medo
Com idéias de arrependimentos
Fugindo do escuro
Eu quero buscar o que quero
Mas as badaladas continuam
Não cessam
Nem perdem a força
Prendem-me em meio a fantasmas
Minhas mãos suam
Minha boca seca
E ondas se erguem a minha volta
Os sons entram em minha mente como apelos de vida
Elevam-se diante de mim como monstros
Beijar sua boca é respirar
Pela primeira vez
Ter você nos braços é nascer de verdade
Meus olhos brilham
Minha alma se perde
Minha mente não consegue se fundir a sua
Perdida nesse escuro
Atormentada por badaladas
precisas
Que insiste em copiar o ritmo de meu coração
Fico desorientada pelo tempo
Maldito tempo
Que determina e subjuga
Inocentes
E então vêm seus braços
Que me seguram
Em apelos de lucidez
Traz-me novamente o escuro
O deserto é grande
E esses sinalizadores não ascendem