Se um dia foi, agora já não é...

A olhar, fico parado, e imaginando

no que sei o que estas a pensar.

Seus olhos mostram o quem não quero saber

e enxergam a realidade do mundo em que não vivo.

Há momentos perco as vontades e esperanças

Não no que pensar, agir e nem falar.

Só, quero que passe o mais rápido possível,

o que minhas noites, se dispõe a mostrar e falar.

As rosas, colorindo os jardins, não passam de um sonho

em que pude correr por entre elas, vagando com felicidade, e

sendo que não saiu de minha cabeça, após abrir os olhos no amanhacer.

São falhos os momentos em que sorrio.

São falsos, os sonhos que sonhei.

São brinquedos, os amigos que ganhei.

São grandes, tudo o que um dia, esqueci.

São trocadilhos, de quem pensa em amar, e

não consegue sequer demonstrar,

o que realmente diz, o que há em seu coração.

Em momentos, paro para pensar no que se passou,

no que fiz, e no que estou a fazer.

Meus pensamentos tiram, a esperança que estava a acreditar

e que não passou de momentos bons, que agora, hei de esquecer.

É a lágrima de quem não chora.

De quem um dia, entregou tudo o que tinha

no desespero de buscar uma luz, e que hoje volta a escurecer

Talvez pior, por mais uma vez, eu já deste fato, conhecer.

São os momentos em que pude ser a mão,

em que pude segurar, e mostrar que estava alí contigo.

Abraçando, com você chorei seu choro e acalmei seu coração.

Hoje livre, tem a liberdade de me deixar em vão, sem querer estar aqui comigo.

Não culpo mais por ser quem é,

mas culpo-me por pensar que eras, quem sonhei.

Vejo hoje, que seus olhares passam desapercebidos

sem precisar de mim, como preciso de ti, aqui comigo.

Confiar, como confio e confie, é algo pecador

Parece, inclusive ser algo insâno e imaturo

Diante de um futuro, que jamais pensei presenciar,

de quem um dia, me disseste em voz e em mensagens, amar.

Sofro tendo que pensar sozinho e calmo me expressar sem carinho.

Como é difícil esperar e nunca alcançar.

Como é forte o coração que bate, vendo-se desprezado,

por quem te tirou de hábitos terríveis.

Como pode ser insensível aos meus olhares,

estando a ver que não tenho forças pra seguir

nem que posso mais, com meus âmbitos continuar-me

e na solidão que há e e vazio de coração, aqui fugir.

Sempre quis, poder sorrir verdadeiro e com amor

mas vejo que não passo de tolo e despojador.

Cénico na vida de vulgares, estou a declarar ardor

de quem sempre sonhou apenas relativar a vida, ao amor.

09/03/08

Rafael Rezende
Enviado por Rafael Rezende em 09/03/2008
Reeditado em 09/03/2008
Código do texto: T894228