Vizinhos perfeitoS.
SENTADA AQUI ESTOU.
Em um lindo jardim
De cores reluzentes.
Olhando pelas frestas de um portão
Um casal de vizinhos em uma noite fria.
Que deitados na grama
Sentiam aquela leve brisa
Com cheiro de terra molhada.
E olhavam para as poucas estrelas
Que ainda havia no céu
Pois uma grande nuvem
Aproximava-se delas.
Ao contrario da grama verde esperança
Percebe-se que:
Aproxima-se uma tempestade
De cor um tanto sombria
Então sentada aqui continuo olhando...
...Um vizinho de fisionomia.
Triste e muito desiludida...
E uma vizinha de fisionomia vazia.
Não um vazio qualquer...
Mais um vazio de sentimentos
Sentimentos estes que também
Um dia habitaram o seu mais nobre vizinho
Pois estes vários sentimentos eram
Compartilhados a todo instante pelos dois
E em plena sinceridade.
Se bons eram divididos e multiplicados
Se ruins divididos e rigorosamente
Diminuídos ate que não restassem
Mais nenhum vestígio sequer
Seja ele de qualquer um dos sentimentos
E devido a isto nunca ninguém
Ouviu-se falar de algo tão sincero
E cheio de ternura assim como
O que os dois viviam juntos
E claramente pode se perceber
Que a sede de um alimenta
A fluência do riacho que
Ha no outro.
Que a fome q ha em um
Mata a vontade de querer
Que o outro carrega dentro de si.
Pois um vive em função do
Outro pelo simples fato de
Juntos poderem alimentar
Cada vez mais os sentimentos bons
Que eles proporcionam ou
Ajudam a proporcionar um ao outro.
E poderem também
Matar de fome e de sede os sentimentos
Ruins q direta ou indiretamente
Foram proporcionados pelos
Outros q vivem ao seu redor,
E assim tentam manter a harmonia
Que ha. entre si para que não
Se abalem tanto devidos
Aos acontecimentos deploráveis
Então um toma para si
A dor do outro tentando
Ameniza-la ate que ela
Desapareça.
Assim como tomam também
A felicidade e juntamente com ela
A infinidade de sentimentos bons
Que podem existir para cada um deles.
Pois esses dois vizinhos perfeitos e
Inseparáveis são nada mais nada menos
Que:
"A alma e o coração."