6° andar... O maior espetáculo da terra.

Bem, assistimos horrorizados o noticiário das oito, a noticia da menina que o pai arremessara da janela. Depois assistimos no jornal das dez e depois no jornal da meia noite e depois no jornal da madrugada, no plantão de notícias, no jornal primeira edição, no programa culinário, na Internet em quase todos os portais, e depois nos jornalzinhos do ônibus, ou do metro, e depois nas mesas redondas e acreditem, eu recebi até no celular.

Agora talvez eu seja até apedrejado aqui. Primeiramente acho que um pai que faz isso (ou mesmo “não pai”) com uma criança indefesa, é um animal. Um ser sem alguma capacitação mental que freia algum impulso animalesco primitivo. Por isso não deve permanecer junto à população. É perigoso e deve ser excluído da sociedade. De alguma forma.

Bem, agora mudando de lado no caso. Lembrem-se: Não estou defendendo em hipótese alguma ninguém. Mas refletindo sobre esses capítulos intermináveis de uma novela tão dramática e desculpem os contrários a minha opinião, chata pra caralho, fiquei pensando: Até aonde vai isso? Quantas atrocidades desse tipo acontecem em São Paulo por dia? E por que tanta “propaganda” em cima disso?

No ano passado, uma mãe, jogou o filho recém nascido, do 2° andar do hospital Ipiranga, quando lhe foi entregue para amamentar. Sabem como fiquei sabendo? Uma notinha no “gazeta do Ipiranga”. Um jornalzinho regional. E só.

Bem, terminando, eu ainda pensei mais! Quem é pior?

O pai e madrasta assassinos?

Os acusadores que inventam mais atrocidades no caso a fim de gerar mais ódio para contra os réus, a fim de levá-los a forca em praça pública, porém cobrando a entrada para o espetáculo?

Ou os imbecis que passam por debaixo da tenda desse circo tenebroso, com suas faixas e cartolinas ridículas atirando pedras nos acusados, dando tchauzinho e rindo para as câmeras ou fazendo a dança do siri quando estão sendo filmados?

Sinceramente, eu não sei... Mas eu juro que não comprei nenhum ingresso para o “espetáculo”. E não vejo a hora que ele saia de cartaz.

Gordo
Enviado por Gordo em 08/05/2008
Reeditado em 26/05/2008
Código do texto: T980315