OS QUATI
 
(Hull de La Fuente)



Preguntei pra meu cumpadi
Qui é um grandi caçadô
Pra mi dizê a verdadi
Qui bichu eli matô.
 
Eu ficu cum munta pena
Dus bichu di lá da mata
Inté mermo a Siriema
Nas caçada num iscapa.
 
Eli saiu ca cunversa
Qui um bichu qui nunca viu
Deu-lhi trabaio à bessa
Mas dispois iscapuliu.
 
 
Eli tava todu unhadu
Cum ferimentu nu rostu
Tive pena du coitadu
Caçá pr’eli perdeu gostu.
 
Eli tevi munta sorti
Di na istrada segui
Iscapano inté da morti
E das unha dos quati.
 
Quati é bichu traiçoêro
Ele pula na garganta
I mata muntu ligêro
Si u cara cai num alevanta.


Ocê podi dá seu parpite:

Num cunheçu esti bichim 
Pelo jeito deus acuda
Mata anssim os pobrezim 
percisa gaio di arruda!

Ana Maria Gazzaneo




Cumadi Ana, o bichim,
É valenti i pirigosu
Eli mata assim assim,
Matô meu cão Fedegosu.
(Claraluna)



AMIGA, ME PERDOE!
 
Amiga, cheguei agora
Resgatei sua mensagem
Abri aqui, sem demora
Pra não perder a viagem
Vim publicar o seu texto
Que, em todo o seu contexto
Já se avista na imagem!
 
Peço-lhe o seu perdão
Hoje meu tempo foi curto
Tive aqui um problemão
Que quase entrei em surto
Nem no Recanto passei
Por isso não publiquei
E, aos versos, não me furto!
 
Deixarei para amanhã
O nosso belo dueto
Pois você, minha irmã
É rainha do Sexteto
Sei que vai compreender
Por vezes temos de ser
A força do esqueleto!

Apesar da hora tardia
Vou aceitar o convite
A gente tem a mania
De dar o nosso palpite
Eu acho que o Quati
Tá doidim, que nunca vi
Um bicho assim, acredite!

(Milla Pereira)
 
 
Ocê foi cuidiá dos denti?

 Maninha num si priocupa
Eu sei tua trabaiera
Cum todo mundu si ocupa
É um rojão sem brincadêra
Eu mermo ti dô função
além das qui ocê tem
É munta priocupação
E os pobrema vão além.

Ocê sabi minha mana
Qui o povo aqui da cidadi
Num cunheci nem banana
Daquelas di qualidadi.
O quati mermo, cuidadu,
Ninguém sabi o queli faiz
Tem unha cuma machadu
É pirigoso dimais.

Brigadu pur cê tê vindo
Mas eu já tô di saída
Ocê tamém tá saíndu
pra cuidá da sua vida.
Eu tô ino à igreja
Um lugá di cumunhão
Essa tua mana ti beja
E ti dexa um abração.

Hull
 

C umo to sem inspiração
L ogo vim de dar um
A bração
R ever amiga linda
A companhá seu trabaio
L indo e cheio de encanto
U ma alegria
N este Recanto
A nsim vou ino na euforia.

COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA
 



 Tramas de quati desconheço,
Por isso que eu não me arrisco...
Dizem que é feito um corisco,
Já quando saem do berço...
Se o cabra num sabe feitiço,
Pagará muito caro por isso...
 
Mas lá nas bandas de Minas,
Falam qui eles são mansinhos,
Não querem ficar sozinhos,
Pra cumprir as suas sinas...
Mas pode trazer a ruína,
Pra quem caça passarinho...
 
Por isso é bom ficar longe,
Deixa os quati sossegados,
Talvez se ele caçar veado,
Pelo chão não se esponje.
Ou vai pra igreja ser monge,
Qui eu garanto o resultado...
 
Jacó Filho
 


Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 31/03/2009
Reeditado em 01/04/2009
Código do texto: T1514668
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