O PESCADOR

Autor: José Gomes Paes

Em: 15/01/2012

Faz nas malhas da rede

O destino da vida

Da vida dos peixes

Os sonhos do amanhã

Das incertezas

Que o tempo lhes dá.

O tempo de inverno, presente

De chuvas e ventos, constantes

O sumiço dos peixes, lamentos

De tristeza no tempo se esvai

Se refaz ao nascer um novo dia

Com o ar de contente ele sai.

Agora no silêncio do rio, persistente

Ao lançar sua rede insistente

No brilho de escamas emergentes

O rebujo das águas provém

Na leveza do remo a canoa guia

Peixes do sonho a rede contém.

Fim do dia, à tarde semblante

A água se banha no por do sol

A sombra do remo se espelha nas águas

Pescador se recolhe na canoa e vai

Guarda o segredo do rio abundante

Nas incertezas do tempo, dia de amanhã.

FIM

José Gomes Paes
Enviado por José Gomes Paes em 15/01/2012
Reeditado em 23/06/2013
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