Zé Tequila
Zé Tequila cambaleava pra cá,
Cambaleava pra lá,
Caminhando em direção a sua casa
Quase um carro o atropelou,
O motorista o xingou e gritou:
“Tome cuidado, seu beberrão”!
Zé Tequila ficou bravo, queria socar o motorista,
Mas deu de cara no chão.
Chegando em casa, sua mulher Maricota lhe disse:
“Você não tem jeito não,
Quero logo a separação,
Vou para a casa dos meus pais,
Vou embora para o sertão,
Não quero mais viver na cidade
Ao lado de um beberrão”!
Diante do ultimato da mulher
Zé Tequila foi logo dizendo:
“Por favor, Maricotinha,
Não vou continuar bebendo,
Vou parar de beber hoje mesmo,
Não volte para o sertão,
Ou então eu morrerei na bebida
Tentando esquecer minha paixão.
Quero ter contigo uns gurizinhos,
Te peço de joelhos, não vai me deixar na mão”!
Ele parou de beber,
Maricota não voltou para o sertão,
Hoje eles são uma família feliz,
Cheia de união,
Zé Tequila, Maricota e os filhos
Joãozinho e Maria da Concepção.
(Interação da poetisa Jey Lima Valadares)
Tenha calma meu veio
Não irei para o Sertão
Cumprirá tua promessa com muita devoção
A bebida me ensinou que amar é abrir mão
Tenha cuidado meu Joãozinho para não sofrer de solidão
Pois lhe dou minha palavra não bebo mais não
Minha família é preciosa na sentença que te dou
Deixando a bebida e vivendo nas doses do amor.