Verdadeiro Sertanejo

Pelos campos vastos, sob o céu infinito

Os passos dos bravos ecoam no grito

Da terra que alimenta e do gado que pastoreia

Brota a essência da vida, a mais pura, encandeia.

No coração da roça, onde o amor floresce

O sertão acolhe quem nele se aquece

Agricultor, boiadeiro, vaqueiro, símbolos de devoção

Na terra do sertão, reina o eterno

profundo amor, em canção.

Assim, na simplicidade da vida sertaneja

O amor se entrelaça com a lida que maneja

Trindade sertaneja, heróis do chão

Guardiões do sertão, sustentáculos da tradição.

Nas planícies douradas do sertão

O agricultor, com mãos de fé e paixão

Semeia sonhos sob o sol ardente

Na terra fértil, seu amor é presente.

Nas madrugadas frias, de céu estrelado

O agricultor ergue-se, seu destino traçado

Com olhos cansados, mas cheios de esperança

Labuta incansável, alimentando a bonança.

No coração da roça, sob o luar sereno

O amor do sertão floresce, eterno e pleno

Em cada sulco da terra, em cada trilha traçada

A alma do sertanejo, na terra, é encontrada.

Montado em seu cavalo, o boiadeiro segue

Pelas estradas poeirentas, ele consegue

A chama da esperança em cada horizonte

Guiando seu rebanho com firme vontade, afronte.

O boiadeiro, na estrada, sol e poeira

Conduz seu rebanho com alma verdadeira

Nas trilhas marcadas pela história e pela fé

Segue firme, guiando o gado

como um guardião de ré.

E no calor das noites, ao som da viola

O sertanejo entoa sua história, como uma escola

Entre versos e suspiros, o amor se revela,

Em cada estrela, em cada lua, na terra singela.

O vaqueiro, com seu laço e seu olhar sereno

Domina o bravo boi, destemido e pleno

Na arena da vida, entre pó e poeira

A arte da lida se revela, verdadeira.

E no calor da lida, o vaqueiro forte

Com destreza e coragem, desafia a sorte

Entre a poeira e o mugido do gado

Ele escreve no chão seu legado, abençoado.

Assim, no seio da terra, no calor do sertão

O amor floresce em cada ação

Agricultor, boiadeiro, vaqueiro, tesouros do chão

Na simplicidade da vida, encontram sua redenção.

No rincão do sertão, onde o sol declina

Em sua trajetória, com garra e sina

Desbrava a terra, enfrenta o traquejo

Orgulhoso e valente, o Verdadeiro Sertanejo.

Bernardo Cardoso
Enviado por Bernardo Cardoso em 22/04/2024
Código do texto: T8047373
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