DESABAFLORANDO
Hoje acordei perturbado, na verdade nem acordei
Nesse sucumbir, perdi a guerra, minha missão
Desarmado, “desamado”, sou um “não”
Em um poço sem fundo, por dentro da lama, no fogo, sou rei.
Reinando no ruim, posso tocar o céu
Pronunciar o som do amor, do ódio e da morte
Que tal ser a saliva ácida da besta ou o mel
Da sangria desatada, que faz rios, sou o corte.
Fatos e revoluções habitam minha mente
Minh' alma quer ser livre, ela tenta novamente
Enxergo o que quero, quando e como quero
Falo devagar, como um ébrio maldito
Faço citações de papiros do Egito
Crio rimas poéticas, jogo o fogo em tudo, sou Nero.
André Anlub
Site: poeteideser.blogspot.com
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