O ANDARILHO DA URCA
(Ps/164)
Vestido em trapos,
Rasgado de tudo
Caminha curvado
Nas costas, o fardo.
Senta na esquina
De uma rua qualquer
Fixa o olhar
Nem pede, sequer!
O corpo exala cheiro
Da falta do todo e água
Parece ser carvoeiro
Seu canto entoa mágoa!
O seu canto ouço longe
Seu passar me faz pensar
Seu rosto me passa tristeza
Sua canção, delicadeza!
Chora o andarilho da Urca
Nas calçadas a perambular
No latão se direciona o
Seu prato cercear!
“Deve o ser gritar aos céus!
Deus não há pra me ajudar!
Sou errante por destino
Sou eterno enquanto durar!"
Vê o Cristo reluzente
Do alto a abençoar e ele,
Na noite a caminhar.
Sente o corpo enfraquecer
Deita ao chão para adormecer!
A baía embala frágil,
Suas águas para o mar
O andarilho sonha saudades,
Do exílio, que deixou pra trás!
Curvado e
Maltrapilho,
Sem brilho, o
Andarilho!
(Ps/164)
Vestido em trapos,
Rasgado de tudo
Caminha curvado
Nas costas, o fardo.
Senta na esquina
De uma rua qualquer
Fixa o olhar
Nem pede, sequer!
O corpo exala cheiro
Da falta do todo e água
Parece ser carvoeiro
Seu canto entoa mágoa!
O seu canto ouço longe
Seu passar me faz pensar
Seu rosto me passa tristeza
Sua canção, delicadeza!
Chora o andarilho da Urca
Nas calçadas a perambular
No latão se direciona o
Seu prato cercear!
“Deve o ser gritar aos céus!
Deus não há pra me ajudar!
Sou errante por destino
Sou eterno enquanto durar!"
Vê o Cristo reluzente
Do alto a abençoar e ele,
Na noite a caminhar.
Sente o corpo enfraquecer
Deita ao chão para adormecer!
A baía embala frágil,
Suas águas para o mar
O andarilho sonha saudades,
Do exílio, que deixou pra trás!
Curvado e
Maltrapilho,
Sem brilho, o
Andarilho!