TEMPO AO TEMPO

Tempo de tempo ir

Tempo de ter um tempo pra se arrepender

Tempo de voltar pra se prender

Tempo de se perder

Tempo de ver o tempo ido

Tempo de ter tido tempo puído

Tempo de não ouvir do ruído que não cuido

Tempo de não vê-lo pútrido

Tempo pra não ter tido tempo de voltar

Tempo de ver voltar no tempo perdido

Tempo de vê-lo partido

Tempo de não tê-lo vivido

Tempo de não tê-lo repartido

Depois de tê-lo tido... Tê-lo tempo para tê-lo perdido

Sem nunca saber que para o tempo

O que sabemos dele

É que nunca saberemos que o temos perdido todas as horas

Pois que todas as horas que teremos

É aquele tempo que os outros tem de nossas lembranças

Nós morremos pra nós

Mais dentro deles é que mais amamos

Eles por nós se diminuem

Enquanto em lagrimas se diluem...

Que o tempo então nos mate

Mais nos deixe mais forte entremente

Quando em vida nos encontrarmos

E acordar deste sonho que hibernamos

Até ser tempo de voltar a vida novamente

Como a vida trás de volta a semente...

E que sua voz cresça no tempo

Em que o vento se engravide da chuva

Como a mulher gravida prestes a dar a luz

primeiro vem a dor a contorção

Logo depois vem o fruto de sua conversão!

Agora serás mãe tua alma

Tal qual uma vitória régia

Se abrirá para este amor que se fecundou

Diante desta majestade que a natureza procriou...

Agora és mãe e nada é mais forte que esta fera da natureza

Tudo em ti tem garra como o amor é de Afrodite

Olhe pro Céu e veja o teu sangue fluir no crepúsculo

Tudo em ti agora é para sempre em teu músculo

E todo o sempre é teu para sempre, acredite!

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 19/05/2014
Código do texto: T4811709
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